Como se viu no capítulo anterior, a inovação faz parte da estratégia de negócio da Whirlpool. Desde 1999 a empresa dispõe de ferramentas estruturadas para o desenvolvimento de produtos e otimização de processos. O uso desses instrumentos permite que a companhia mantenha-se na vanguarda da inovação em eletrodomésticos, lançando produtos que atendem, simultaneamente, a três pré-requisitos: apresentam atributos únicos, estimulam os consumidores e têm potencial de gerar valor para os acionistas.

A Whirlpool avalia o seu próprio desempenho em inovação utilizando o conjunto de metodologias conhecidas como Design for Excellence, que tem foco voltado para todos os aspectos do desenvolvimento de produtos, como custos, facilidade de manufatura e simplicidade no diagnóstico de falhas e correções, etc. Em 2010, a empresa iniciou a implementação de uma metodologia adicional para mensurar a performance ambiental dos novos produtos. Desenvolvido naquele mesmo ano em parceria com a Universidade de São Paulo e aplicado em alguns produtos no ano seguinte, em caráter de teste, o Design for Environment (DfE) avalia os impactos ambientais em todo o ciclo de vida dos produtos, da produção da matéria-prima ao descarte final pós-consumo, passando pelo consumo de água e energia e reciclabilidade. Todos os projetos iniciados a partir de 2012 já incorporam essa metodologia. GRI PR1

Quase um quarto do faturamento da Whirlpool, em 2012, veio da venda de produtos inovadores. Esse número é apontado pelo iRevenue, indicador da empresa que mede a receita proveniente de suas soluções inovadoras.

Em 2012 a empresa alterou os critérios para enquadramento de lançamentos na categoria inovação, ampliando as exigências. Com isso, o percentual de produtos que atendem aos novos requerimentos tornou-se ligeiramente menor (veja no gráfico ao lado), o que provocou queda no indicador de desempenho do ano.

Cresce o número de patentes

Nos últimos seis anos, o número de depósito de patentes feito pela empresa no Brasil, junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, mais que triplicou, encerrando 2012 em 76. O avanço ocorreu a partir da criação de uma área para cuidar exclusivamente das questões de propriedade intelectual.

Estudos realizados em 2012 apontaram caminhos para que a companhia possa intensificar ainda mais o uso da propriedade intelectual como ferramenta estratégica, os quais começam a ser trilhados agora em 2013. Também em 2012, a empresa passou a liderar o comitê de propriedade intelectual da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), do qual é membro há alguns anos, com o objetivo de fomentar o debate sobre o tema junto às instâncias pertinentes.